Na terra está a nossa ancestralidade
Ziza
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Audiodescrição
Galeria de imagens
Informações
- Tamanho da obra: 15x35m²
- Ano de finalização da obra: 2020
- Local: Av. São João, 2044 - Santa Cecília
Sinopse sobre o trabalho
A arte traz uma mulher negra enraizada na terra e, em suas mãos, um colar de contas azuis que representa um colar que foi encontrado em escavação arqueológica nas imediações do Cemitério dos Aflitos, localizado na Liberdade. O Cemitério dos Aflitos foi o primeiro cemitério público de São Paulo destinado às populações negras marginalizadas. “Essa mulher/árvore representa cada uma de nós que estamos na luta antirracista, a nossa base é a terra, a terra é a nossa ancestralidade nela se tornamos resistente para continuar, o dispador dessas empena foi as contas encontradas na região da Liberdade” – Ziza. As cores da arte fazem alusão ao colar, que possuem contas azuis de vidro, o que indica o pertencimento à religião de matriz africana.
Mini bio do artista ou coletivo
Artista Visual, ilustradora, Grafiteira e Educadora, Soberana Ziza, como é conhecida a artista Regina Elias da Costa, vive no Jardim Peri Alto, periferia da Zona Norte de São Paulo. Atua desde 2006 expondo seus trabalhos em intervenções urbanas e galerias em uma pesquisa estética sobre negritude e feminino numa abordagem afrofuturista. Em sua pesquisa mais recente se dedica a investigar os significados e histórias milenares transmitidas através das estampas e padronagens presentes nos tecidos africanos, conhecidos como Capulanas, e que em diversos países também recebem os nomes de bogolan, kente, adinkras, entre outros, e inserir estes saberes em murais de arte urbana. Seu trabalho une história, ancestralidade e arte contemporânea na busca pelos caminhos trilhados por seus ancestrais, representando a atuação do povo negro em diferentes setores como nas Artes, Engenharia e Medicina.